quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Onde está a fé?

É incrível como coisas banais podem nos abalar por completo.
Situações difíceis aparecem e pronto: Toda àquela fé, todo aquele discurso vai por água baixo e parece que nossa vida desmorona diante de nossos próprios olhos...

Nós somos tão fortes quando tudo vai bem, nossas palavras parecem ser tão válidas, tão poderosas, e tudo é tão simples de ser resolvido que não somos capazes de compreender o sofrimento do próximo!
Mas quando vem sobre nós a dor, a doença, a saudade, o sofrimento de alguém que amamos... As coisas mudam. Nos surpreendemos com nossa própria incredulidade. Nos enchemos de "por quês?" e as vezes até achamos respostas, mas respostas que nós queremos que sejam respostas.
Nem sempre é assim, nem sempre essas respostas estão corretas, nem sempre esse sofrimento requer resposta, às vezes quer mudança! Mudança de postura, mudança de hábitos, de ações... Mais fé! Mais dependência de Deus, mais intimidade com Ele, mais proximidade de Suas coisas!
Deixo essa canção que muito fala ao meu coração em momentos como esse... Deus do Impossível.

Quando tudo diz que não
Sua voz me encoraja a prosseguir
Quando tudo diz que não
Ou parece que o mar não vai se abrir

Sei que não estou só
E o que dizem sobre mim
Não pode se frustar
Venha em meu favor
E cumpra em mim Teu querer

O Deus do impossível
Não desistiu de mim
Sua destra me sustenta
E me faz prevalecer

O Deus do impossível

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Assombroso

Em períodos que me afasto dos centros urbanos, e sou levado ao "campo" tenho sempre uma sensação que muito me encomoda, a de assombro. Não digo em relação a sustos, medo de ficar sozinho, essas coisas do gênero, me refiro ao céu. Quando chega a noite, e olho para cima, eu me assombro! São tantas estrelas, são tantos corpos celestes, estrelas cadentes, uma diversidade de tamanhos e luzes... Eu fico admirando e me questionando da grandeza de Deus. Somos tão insignificantes e tão míseros e diante de toda àquela escuridão e estrelas me olhando eu me sinto um privilegiado. Privilegiado de poder sentir que eu dependo diretamente de Deus e que Ele é tudo para mim e tudo, exatamente tudo, contribui para exaltar o seu nome, até mesmo o assombro.
De modo geral, o mundo perdeu o senso de assombro. Crescemos. Já não perdemos o fôlego diante de um arco-íris ou do perfume de uma rosa, como acontecia antes. Ficamos maiores e todo o resto ficou menor, menos impressionante. Tornamo-nos apáticos, sofisticados e cheios da sabedoria do mundo. Não deslizamos mais os de dos sobre a água, não gritamos mais para as estrelas nem fazemos caretas pra lua. Água é H2O, as estrelas foram classificadas e a lua não é feita de queijo. Graças à televisão via satélitte e aos aviões supersônicos, podemos visitar lugares que no passado eram apenas acessíveis por Colombo, Balboa e outros exploradores intrépidos.
Houve um tempo, não muito distante, em que uma tempestade fazia o homem adulto estremecer e sentir-se pequeno. Deus, no entanto, está sendo deixado de lado pelo mundo da ciência. Quanto mais sabemos de meteorologia menos inclinados nos tornamos para orar durante uma tempestade. Os aviões voam agora acima, abaixo e entre elas. Os satélites reduzem-nas a fotografias. Reduzida de teofania a mero incômodo. Homens eram lançados de dentro de embarcações se a tempestade fosse motivo de alguns desses, como foi o caso de Jonas, acordaram Jesus questionando-o: quem é esse que acalma as tempestades e faz o mar se calar?
Para onde foi o assombro? Precisamos nos afastar de nossas grandezas e diminuirmos ao assombro diante de Deus!

sábado, 17 de setembro de 2011

Tristeza

É um sentimento humano que expressa desânimo ou frustração em relação a alguém ou algo. É o oposto da alegria. A tristeza pode causar reações físicas como depressão nervosa, choro, insônia, falta de apetite, e ainda, reações emocionais, como o arrependimento.
A tristeza pode ser originada da perda de algo ou de alguém que se tinha de muito valor ou pelo excesso de tédio; esta emoção pode ser potencializada se aquele que sofre de tristeza passa a acreditar que poderia ter feito algo para recuperar ou evitar a perda, mesmo que este algo a fazer seja na prática impossível de se concretizar, e independente da vontade do triste.
É comum a tristeza ser descrita como algo amargo, ou como uma dor, ou como sentimento de incapacidade, ou ainda como algo escuro (trevas).
Essas são algumas das definições de um sentimento que tem potencial para atacar qualquer um. Estamos todos sujeitos a esse sentimento, ele existe e não há como negar.
Há dias que parecem ser tão tenebrosos que não nos permitem levantar a cabeça, parecem tão fortes que nos deixam cabisbaixo o tempo todo. Estou nesses dias!
Mas não temo essas adversidades, eu creio em um Deus que vai além de circunstâncias, que nos revelou que teríamos aflições, mas me pediu que eu tivesse bom ânimo pois Ele venceu o mundo!
Isso é mais do que suficiente para mim!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Auréolas Tortas

Um homem entrou no escritório do médico e disse:
-Doutor, tenho uma terrível dor-de-cabeça que nunca vai embora. O sr. poderia me receitar alguma coisa para ela?
-Sim -disse o médico,- mas quero checar algumas coisas antes. Diga, você bebe muita bebida alcoólica?
-Álcool? -disse o homem, idignado.- Nunca chego perto dessa porcaria.
-Fuma, então?
-Acho cigarro nojento. Nunca na minha vida provei um.
-Fico meio constrangido de perguntar isso, mas... sabe como alguns homens são... você vive pela noite?
-Claro que não! Quem o sr. acha que eu sou? Estou na cama toda noite antes das dez.
-Diga-me uma coisa-pediu o médico.- Essa sua dor-de-cabeça é de um tipo agudo e penetrante?
-Isso mesmo- disse-lhe: uma dor aguda e penetrante.
-Então é simples, meu caro. Seu problema é que a sua auréola está apertada demais. Só precisamos soltá-la um pouquinho.

O problema com nossos ideais é que, se vivermos de acordo com todos eles, nos tornamos pessoas com as quais é impossível se conviver.
A auréola torta do pecador salvo é vestida com folga e com graça flutuante.
O pecador salvo pela graça é assombrado pelo Calvário, pela cruz e especialmente pela pergunta: Por que ele morreu? Uma indicação vem do Evangelho de João 3:16: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". A resposta está no amor.
Uma coisa nós sabemos- não somos capazes de entender o amor de Jesus Cristo. Ah! Nós vemos um filme e nos identificamos com aquilo que dois jovens suportam pelo amor romântico. Sabemos que, se necessário, se amássemos o bastante, colocaríamos a visa e a cautela de lado pela pessoa que amamos. Mas quando se trata do amor de Deus no corpo quebrantado e coberto de sangue de Jesus Cristo, ficamos inquietos e começamos a falar de teologia, justiça divina, da ira de Deus e de heresia do universalismo.
O pecador salvo de auréola torta foi convertido da desconfiança para a confiança, alcançou uma pobreza interna de espírito, e vive o melhor que pode em rigorosa honestidade para consigo mesmo, com os outros e com Deus.
A pergunta colocada pelo evangelho da graça é apenas esta:
quem nos separará do amor de Cristo? Do que você tem medo?
Você tem medo que sua fraqueza possa separá-lo do amor de Cristo? Ela não pode.
Medo que suas inadequações possam separá-lo do amor de Cristo? Elas não podem.
Erros, medos, incertezas? Não podem.
Você deve estar convencido disso, deve confiar nisso e não deve jamais esquecer de lembrar disso. Todo o restante passa, mas o amor de Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente. A fé se tornará visão, a esperança se tornará possessão, mas o amor de Jesus Cristo, que é mais forte do que a morte, permanece para sempre. No final, é a única coisa à qual você pode se apegar.